Roteiro de aula - Cidadania pré-vestibular – aula 3 e 4
Podemos dividir a gramática em quatro grandes partes:
Fonética e fonologia – estuda e explica as partes mínimas que formam as palavras
Morfologia – estuda e explica as formas assumidas pelas palavras
Sintaxe – estuda e explica a função da palavra no contexto
Semântica – estuda e explica o significado da palavra no contexto
Fonética
Fonema – a menor partícula de som inteligível produzido pelo ser humano
Silaba – parte em que se divide a palavra
Morfemas – menor partícula com significado
São eles: radical; vogal temática, prefixo, sufixo, desinências.
Radical – O núcleo semântico e formal de uma palavra. É a base que dá significado à palavra.
Vogal temática – a vogal que determina o tema da palavra.
Formula da palavra – vogal temática + radical = tema
Exemplo: livr + o = livro. Ou seja, tema da palavra – livro.
As vogais temáticas podem ser nominais ou verbais.
As verbais são: a; e; i. as nominais são: a, e, o podendo aparecer também o i e o u como vogais temáticas nominais.
A vogal temática de uma palavra pode ser suprimida, mas não comutada. Caso haja troca de uma vogal temática junto a determinado radical haverá também mudança no tema.
Exemplo: diante do tema carro, não se pode trocar a vogal temática o por a e obter-se a palavra carra;
Quando parece ser possível comutar, na verdade ocorre outro fenômeno que terá a sua classificação apropriada.
No caso do radical livr + a temos um tema diferente de livro. Livro é um substantivo e livra é um verbo temas morfologicamente diferentes.
No caso da palavra menino e menina o que ocorre é a substituição da vogal temática por uma desinência de gênero, e não a comutação da vogal temática.
Processo de formação de palavras – Derivação e composição
Derivação – apenas um radical
Prefixação – acrescenta-se um prefixo à palavra primitiva: Feliz torna-se infeliz
Sufixação – acrescenta-se um sufixo à palavra primitiva: feliz torna-se felizmente
Prefixação e sufixação – acrescenta-se prefixo e sufixo à palavra primitiva: feliz se transforma em infelizmente.
Derivação imprópria – palavra pertencente a uma classe gramatical passa a exercer a função de outra classe gramatical: cantar é uma ação, e como tal classifica-se como verbo. Mas na frase: o cantar do pássaro ecoava na floresta encantada. A palavra cantar é o núcleo do sujeito da oração, função que só pode ser exercida por um substantivo ou palavra substantivada que é o que ocorre aqui. Nesse caso a palavra cantar será classificada como substantivo caracterizando a derivação imprópria. O mesmo aconteceria com o adjetivo azul se eu dissesse que o azul do céu é claro.
Derivação regressiva – a palavra nova é menor do que deu origem: combater dá origem a combate.
Parassíntese – a palavra nova só existe com o acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo: noite da origem a anoitecer.
Observação: em questões relativas ao processo de formação de palavras
1. Desconsidere as flexões
2. Considere apenas a última ocorrência.
Se a palavra forca de origem à palavra enfocar, o que ocorreu foi uma parassíntese. Se a palavra enforcar de origem à palavra enforcamento o que ocorreu foi uma sufixação.
3. Substantivos que apresentam ideia de ação derivam-se de verbos. Se for maior que o verbo, sufixação. Se for menor, derivação regressiva.
Composição – mais de um radical
Justaposição – sem perda ou alteração de som: água viva, girassol
Aglutinação – com perda ou transformação de som: aguardente, planalto
Observação: a palavra “embora” veio de “em boa hora”, e a palavra “fidalgo” veio de “filho de algo”.
Neologismo – criação de palavras ainda não existente no léxico: deletar, dolarizar; ou atribuição de novo significado a uma palavra: zebra como inesperado; sinistro como algo bacana, etc.
Estrangeirismo - Emprego de palavra, frase ou construção sintática estrangeira: “shampoo” ao invés de xampu.
O Substantivo
Classificamos como Substantivo a palavra que dá nome aos seres, indicando pessoas, lugares, sentimentos, estados, qualidades, ações. Os substantivos classificam-se em:
» Comum - é aquele que indica um nome comum a todos os seres da mesma espécie: carro, aluno, escola, criança, professor, etc.
» Próprio – designa nome de pessoas, cidades, países, e até mesmo de coisas, etc.: Fiat Uno, Maria, Isaias Alves, Tiago, Luiz, Poções Brasil.
» Simples – formado por apenas um radical: pé, água, moleque, couve.
» Composto – formado por dois ou mais radicais: pé-de-moleque, aguardente, couve-flor.
» Primitivo – é do qual pode-se formar outros substantivos: pedra, carro, terra, café.
» Derivado – é aquele que se forma a partir de outro substantivo com acréscimo de um prefixo ou sufixo: pedreira, carroça, terreno, cafeeiro.
» Coletivo – palavra usada para indicar um conjunto de seres da mesma espécie, mesmo estando no singular: cardume (conjunto de peixes), enxame (conjunto de abelhas), quadrilha (conjunto de bandidos).
Relação de alguns substantivos coletivos
Assembléia – de pessoas reunidas, de parlamentares
Acervo – de obras de arte
Alcatéia – de lobos
Antologia – de textos
Arquipélago – de ilhas
Atlas – de mapas
Arsenal – de armas, munições
Banda – de músicos
Bando – de aves
Batalhão – de soldados
Biblioteca – de livros
Cacho – de frutas
Colméia – de abelhas
Constelação – de estrelas
Cordilheira – de montanhas
Elenco – de atores
Enxoval – de roupas
Falange – de soldados
Fauna – de animais
Feixe – de lenha
Flora – de plantas
Frota – de navios
Galeria – de quadros
Horda – de bandidos
Júri – de jurados
Junta – de médicos, examinadores
Legião – de soldados
Lote – de coisas
Manada – de animais
Molho - de chaves
Multidão – de pessoas
Ninhada – de filhotes
Pinacoteca – de quadros
Piquete – de pessoas em greve
Plantel – de animais de raça
Pomar – de arvores frutíferas
Ramalhete – de flores
Réstia – de alho, de cebola
Vara – de porc
Sujeito e predicado
A frase apresenta, basicamente, dois elementos: sujeito e predicado (termos essenciais). Podem ocorrer ainda termos integrantes: complementos verbais (objeto direto e objeto indireto), complemento nominal e agente da passiva. E ainda os acessórios: adjuntos (adnominal e adverbial) e aposto. O vocativo é termo independente. Os predicativos ( do sujeito e do objeto) não são enquadrados pela NGB em nenhum dos casos citados.
• Sujeito e predicado
Sujeito: termo do qual se declara algo.
Predicado: tudo o que se declara do sujeito.
Exemplo:
O pacto social visava à contenção da inflação.
(sujeito) (predicado)
• Classificação do sujeito
a)Simples: um único núcleo.
Exemplo:
O presidente sonha com a reeleição.
b )Composto: dois ou mais núcleos.
Exemplo:
Estão coligados o PT e o PDT.
c )Elíptico: implícito na desinência verbal ou no contexto.
Exemplo:
(nós) Participamos das discussões acaloradamente.
Oscar é candidato a senador; poderá ter muitos votos. (O sujeito da segunda oração é o mesmo da primeira: Oscar)
d ) Indeterminado: quando não se quer ou não se pode explicitar.
Exemplos:
Assaltaram o bando numa cidade do interior.
Assistiu-se ao assalto passivamente.
e ) Inexistente (oração sem sujeito): ocorre com verbos impessoais.
fenômenos da natureza:
Ventou muito durante a noite.
estar e fazer, indicando tempo ou clima:
Estava quente esses dias.
Faz muitos meses...
Haver significando existir, ocorrer, acontecer ou indicando
tempo decorrido:
Haverá eleições para prefeito no próximo ano.
Há dias que não chove em Poções.
ser indicando datas, horas ou distâncias:
É meio-dia e meia.
Hoje são nove de abril.
Daqui até Vitória da Conquista são setenta quilômetros.
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