O poeta olha a cidade e a cidade é que lhe diz:
Erguem-se prédios onde antes reinavam florestas.
O verde das paredes se confunde
com o cinza que foge das chaminés
onde antes cantava o Sabiá
que não sabia que o seu canto iria acabar.
E agora o homem bicho
Comprimi-se em pequenos espaços
e arranca do seu semelhante
parte de sua vida para o seu acalanto.
É a guerra por um inútil canto
tão desnecessário quanto o pedaço de pão
que no lixo foi parar.
Este será chamado homem,
e o outro indigente
coitado, ... nem gente és!
E ao lado de um verde que outrora fora o verde
perde, então, a sua vez!
Ainda Devez...
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