segunda-feira, 20 de maio de 2013

Oitavo livro

Quando a gente conhece uma pessoa, pensa que sabe tudo o que ela pensa pela vida que leva ou pelo que fala. Mas é preciso muita perspicácia e discernimento para se penetrar no inconsciente de alguém e pensar o que ela pensa sem que ela tenha falado exatamente o que pensa, ou sentir a sua dor inconsciente. Uma boa maneira de se conhecer o inconsciente de alguém é ler o que ela escreve. O poeta tem o dom de fingir sem ser dissimulado. Como já dizia Fernando Pessoa, o poeta é um fingidor que finge que é dor a dor que deveras sente.Neste livro, eu como poeta e escritor deixo que Inhô Pretinho, narre, de maneira mística e surpreendente, a história de uma família de negros capturados na África e trazidos para o Brasil como escravos. Muito intrigante nesta estória é o fato de Inhô Pretinho já ter vivido tanto tempo e ainda apresentar muito vigor físico e mental para narrar fatos que a história dos "conquistadores" esforça-se em tentar fazer-nos esquecer. Mas se depender desse velho contador de estórias, essas feridas abertas estarão cobrando dos opressores uma tomada de consciência diante da nossa dor que ainda é real.

Leia e comprove!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente à vontade, apenas seja sincero!