A princípio, talvez a ingenuidade do estudante não o deixe perceber que palavras podem ser formadas a partir de outras já existentes. Não seria motivo para admiração se ouvíssemos um aluno responder a uma questão relacionada, com a resposta; “com as letrinhas é claro”.
Quando éramos crianças não costumávamos ouvir os adultos nos dizerem que a linguagem é, entre outras coisas, uma forma de se organizar o pensamento. Ela nos servia apenas para assimilarmos aquilo que os que têm o poder queriam que fizéssemos. E a forma de mostrar que entendíamos o que líamos seria obedecer sem questionar. Não nos disseram, ou não nos deixaram usar as palavras para fortalecer o nosso raciocínio. De modo que crescemos e aprendemos apenas a repetir o que nos dizem, e, a obedecer e fazer apenas o que nos mandam fazer. Criar estratégias de aprendizagem se resumia a decorar aquilo que queriam que nós aprendêssemos.
Essa política educacional voltada para a mecanicidade tem contribuído para aumentar ainda mais a distância entre o conhecimento sistemático e pensado do individuo que tenta aprender significativamente.
Aprender significativamente questões de linguagem está relacionado com a melhora no raciocínio, pois é através da linguagem que o nosso pensamento se estrutura.